Data

nov 01 2025

Tempo

20:00 - 21:30

Simplesmente Eu, Clarice Lispector

Comemoração especial – 50 anos de carreira

Beth Goulart escolheu Simplesmente eu, Clarice Lispector para comemorar seus 50 anos de carreira, um marco incrível na vida da atriz e diretora. Após uma temporada de sucesso no Teatro PRIO, o espetáculo agora chega ao Shopping da Gávea, que também comemora 50 anos.

Beth Goulart, a diretora

Com sua habilidade e sensibilidade, Beth Goulart concebeu, adaptou, dirigiu e protagoniza o espetáculo, trazendo à vida a essência de Clarice Lispector. Sua interpretação é uma homenagem à escritora e uma celebração da sua obra.

Premiações de Simplesmente eu, Clarice Lispector

Com a estreia, veio o reconhecimento para Beth Goulart, quando foi premiada como “Melhor Atriz” no “Shell 2009”, “APTR”, “Revista Contigo” e “Qualidade Brasil”, este último, que também premiou a montagem como “Melhor Espetáculo”.

Clarice Lispector e sua importância

Considerada uma das maiores escritoras brasileiras do século XX, Clarice Lispector deixou um legado literário que continua a inspirar e emocionar leitores e artistas. Sua obra é conhecida por sua profundidade e complexidade, explorando temas como amor, silêncio, solidão e o mistério da existência. Publicada e reconhecida mundialmente, a autora conquistou novos e jovens leitores.

Importância do Espetáculo

Simplesmente eu, Clarice Lispector é mais do que um espetáculo teatral – é uma homenagem à vida e obra de uma das maiores escritoras brasileiras. O espetáculo é uma oportunidade para o público se conectar com a obra de Clarice Lispector e se emocionar com sua história.

Concepção do espetáculo

À medida que Beth Goulart ia escrevendo, já imaginava como seria o espetáculo que ela concebeu. E foram seis meses de preparação e dois meses de ensaio. No primeiro mês de ensaio Beth reuniu os profissionais dizendo a cada um o que desejava e criou o espetáculo. No segundo mês, Beth contou com a colaboração artística do mestre Amir Haddad, que participou de quatro ensaios, quando fez a supervisão da atriz, conversou com Beth e comentou: “jamais terei o primeiro olhar, o meu olhar será sobre o seu olhar” e finalizou: “O espetáculo já está pronto”.

Beth Goulart sobre sua relação com Clarice Lispector e o viés da dramaturgia de “Simplesmente eu, Clarice Lispector”:

Para o monólogo que atua e dirige, Beth Goulart passou dois anos mergulhada numa extensa pesquisa. Com narrativa que se constrói a partir de trechos de entrevistas, depoimentos e correspondências. Segundo Beth, toda essa ligação se dá por uma única linha: o amor: “Clarice falava sobre o amor maternal, o relacionamento, o amor a Deus, à natureza, ao próximo. Escolhi esse viés para apresentá-la ao público.”

Joana, uma mulher inquieta, que representa o impulso criativo selvagem e foi a primeira personagem de Clarice Lispector que Beth Goulart conheceu, no auge da adolescência, ao ler “Perto do Coração Selvagem”, romance de estreia da autora. Sua identificação foi inevitável: “Eu achava que não era compreendida. O que fazer com isso tudo dentro de mim, com esse processo criativo? Só Clarice me entendia”, confessa a atriz.

Já Ana, do conto “Amor”, leva uma vida simples, dedicada ao marido e aos filhos e tem a rotina quebrada ao se impressionar com a magia do Jardim Botânico: “Ela representa a fase em que Clarice se dedicou totalmente ao marido e aos filhos”, destaca a diretora.

 

Lóri, da obra “Uma aprendizagem ou O livro dos prazeres” é uma professora primária que mora sozinha e se prepara para descobrir e se entregar ao amor.: “Toda a obra de Clarice é uma ode ao amor, o sentimento mais transformador do ser humano”, declara Beth.

Há ainda outra mulher sem nome, que, no conto “Perdoando Deus”, se deixa mergulhar na liberdade enquanto passeia por Copacabana: “Essa personagem sem nome representa a ironia, a inteligência e o humor na obra de Clarice. Essas quatro mulheres representam algumas facetas da própria Clarice e foram escolhidas para apresentar ao público a obra de um dos maiores nomes da literatura brasileira”, sentencia Beth Goulart.

A atriz interpreta, além da escritora e suas personagens, fragmentos que reconhece em si mesma: “Usando as palavras dela, eu também estou falando de mim, eu me revelo através de minhas escolhas.”

Na peça, Beth faz reflexões sobre temas como criação, vida e morte, Deus, cotidiano, solidão, arte, aceitação e entendimento e trabalha pontos característicos da obra de Lispector, como o vazio, o silêncio e o instante-já,: “Aquele momento único, que é como um flash, um insight, em que tudo se esclarece”, explica a atriz.

Para a Beth, representar Clarice Lispector é realizar um antigo desejo: “Eu sempre acalentei essa vontade de um dia poder dar meu corpo, minha voz, minhas emoções para colocá-la viva em cena.”

 

A caracterização foi feita de forma cuidadosa. Detalhes como a maquiagem ganharam tratamento especial de Beth Goulart, que optou por um caminho neutro para passear livremente pela pele das personagens e da autora: “O espetáculo todo é como se fosse uma grande folha em branco a ser escrita por essas personagens, pelos movimentos, pelas ações, pelos sentimentos, pela luz.”

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