O cantor e compositor mineiro Hudson Martins possui mais de 28 anos de atuação musical e, mesmo com uma trajetória tão vasta e diversificada, ainda há espaço para o novo: neste mês, ele lança seu primeiro álbum autoral. O lançamento reúne 10 canções compostas em sua maioria durante a quarentena de covid-19, o que justifica seu sugestivo título: “Enquanto o mundo acabava“. Disponível em todos os principais aplicativos de música desde a última sexta-feira (18), o álbum será apresentado num show nesta terça-feira (22), no projeto Palco Central do Cine-Theatro Central, a partir das 19h30. A entrada é gratuita e os convites podem ser retirados na recepção do teatro, das 9h às 12h e das 14h às 17h. A entrada para o Palco Central é pela portaria lateral (Galeria Azarias Vilela).
Ouça “Enquanto o mundo acabava”
Um artista tem por definição a habilidade de olhar para a realidade e, por meio da arte, dar um novo sentido para ela ao propor outros significados. Diante de mudanças profundas na vida pessoal, nos projetos profissionais, enquanto uma certa visão de mundo estava acabando, Hudson fez a única coisa que podia: traduziu o que sentia em música.
“O casamento havia terminado, o escritório de arquitetura fechou as portas, a quarentena chegou e literalmente éramos eu e meu cachorro, juntos, para uma nova história. E quando percebi o mundo anestesiado pela pandemia, sem saber o que seria o futuro, me apeguei na música com o violão sendo uma companhia diária e assim as melodias foram surgindo naturalmente, trazendo também novos ares para a minha composição”, comenta Hudson.
Se a pandemia acabou e reconfigurou algumas cenas e perspectivas de vida íntima e coletiva, este nosso atual momento marca um período histórico também desafiador. E assim, de novo, a música se faz ainda mais urgente e necessária.
Com 10 faixas, “Enquanto o mundo acabava“ reúne, além de canções de amor, outras com temas sensíveis de resiliência humana, de motivação social e, dessa forma, consegue ser esperançoso sobre a vida, os encontros, o mundo particular de Hudson naquele período e, agora, lança essa boa energia sobre o mundo como um todo.
“O álbum representa bem o meu repertório repleto das muitas referências da música brasileira que moldaram os meus ouvidos”, explica o artista. As faixas trazem o rock mineiro do Clube da Esquina, os violões das canções do rádio e das novelas, o regionalismo da música do interior, a sonoridade clássica de pianos e violoncelos, a efervescência viva dos sopros dos metais das bandas da década de 90, a música negra brasileira de tambores e vozes fortes.
“Enquanto o mundo acabava“ é resultado do trabalho de 25 músicos entre vozes, cordas, sopros, percussões, teclas e aerofones e contou com a participação de cinco artistas de Juiz de Fora: as cantoras Lorena Fernandes e Mari Winter; o pianista Guilherme Veroneze; o violonista Gustavo Duarte; e o cantor e compositor Gegê. A produção musical é uma parceria de Hudson com Giovanni Finck, do Estúdio Adega. O álbum integra o Palavras Musicadas, projeto que conta com o apoio institucional dado pelo governo federal e pela Prefeitura de Juiz de Fora, por meio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), com a Lei Paulo Gustavo.
Crédito da foto: Josué Araújo