Espaços
Mercado Cultural AICE
Apresentação:
O Mercado Cultural AICE, localizado no 2º piso do Mercado Municipal de Juiz de Fora, é um espaço voltado para manifestações artísticas de todos os estilos. O nome do espaço cultural já seria inspiração por si só: AICE é sigla de Arte de Inventar Coisas Especiais, nome artístico escolhido pelo próprio Josimar Aparecido Andrade Silva, o MC Aice, assassinado em 2015, aos 40 anos.
No entanto, o motivo da homenagem é muito maior do que o significado da sigla. MC Aice foi inspirador por ele mesmo. Mais que um rapper, Josimar foi um símbolo de resistência e transformação na periferia. Impactou não apenas a música, mas a vida de muitos jovens que encontraram na cultura hip-hop um refúgio e um caminho. Mentor e companheiro, Aice esteve à frente de batalhas de passinho e encontros de MCs, promovendo sempre a união e a criatividade.
Dona Adenilde Petrina, grande parceira do artista, afirma que “falar do Aice é falar sobre arte, criatividade, solidariedade e muita alegria”. Tudo que a Funalfa quer apresentar no Mercado Cultural Arte de Inventar Coisas Especiais.
Assim, o intuito do espaço não é apenas prestar homenagem ao rapper, mas reafirmar sua essência de resistência, provando que sua obra não foi apenas mais uma rima, mas um grito de transformação e cultura que reverbera até hoje. Aos 40 anos, devia ter muitas “coisas especiais” a “inventar” e muitos sonhos a realizar. E agora o Mercado Cultural AICE tenta honrar essa missão.
Galeria Nívea Bracher:
Do Mercado Cultural AICE faz parte, além de um auditório multiuso, a Galeria de Arte Nívea Bracher. Natural de Belo Horizonte, Nívea chegou com 1 ano a Juiz de Fora e foi criada em um “castelo encantado”, com pisos hidráulicos de vários desenhos, ateliês, piano na sala e uma arquitetura que acolhia e respirava arte. Uma casa de portas abertas à chegada dos artistas da cidade.
Graduada em História, teve toda a liberdade para se engajar em lutas pela cultura, preservação e memória. “Mascarenhas, meu amor” foi uma delas… e na linha de frente! Além disso, também participou de movimentos de preservação da Capela Galeria de Arte e da Casa do Bispo. Foi secretária da Sociedade de Belas Artes Antônio Parreiras e membro ativo na fundação da Galeria Celina, que funcionava na Rua Halfeld e era ponto de encontro da classe artística, com programações de peso, na década de 1970.
Dona de uma pintura leve e limpa, seus traços têm uma precisão que emociona. É reverenciada pela qualidade dos retratos que criava. Deixou-nos em 2013, aos 74, há 12 anos e, agora, nos inspira a continuar resistindo, ressignificando espaços e celebrando novas conquistas para a arte e a memória da nossa cidade.
Informações gerais:
Endereço: Rua Dr. Paulo Frontin, 170 – Centro, Juiz de Fora – Minas Gerais.