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Gente em Primeiro Lugar estreia “O Último vendedor de tempo”

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O Programa Gente em Primeiro Lugar (PGPL) estreia, nesta sexta-feira (17), o espetáculo “O último vendedor de tempo”. As apresentações eram sexta e sábado (18), às 20h, no Teatro Paschoal Carlos Magno. A entrada é gratuita.

A peça conta a história de Ortaliã, uma cidade onde o tempo deixou de ser medido pelos relógios e passou a ser negociado como mercadoria rara. Lá surge um homem misterioso em sua carroça: o último vendedor de tempo. Entre ampulhetas, frascos e memórias esquecidas, ele oferece minutos e horas àqueles dispostos a pagar o preço, um valor que ultrapassa o material e toca o que há de mais humano: a memória e o desejo.

Nesse ambiente de ruínas e silêncios, os espectadores são convidados a acompanhar Cora, uma jovem recém-chegada a Ortaliã, que carrega consigo apenas uma mala e lembranças do que já foi esquecido. Através de seu olhar, o público conhece os habitantes da cidade — Magnólia, Lior, Amarílis, Cornélia, Caetano e Lídia — e suas tentativas de reter o que inevitavelmente escapa: o tempo.

Combinando poesia e drama, “O último vendedor de tempo” convida o espectador a refletir sobre memória, esquecimento e as formas contemporâneas de negociar a própria existência. O espetáculo se apresenta como uma grande feira de lembranças, em que o passado é vendido a prestações e o futuro nunca se revela por completo.

A dramaturgia é assinada por Raíssa Garcia, sob direção de Hamanda Laísa, e integra a produção da Turma de Montagem, criada em 2024 no âmbito do Programa Gente em Primeiro Lugar, iniciativa da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), gerida pela Fundação Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) e executada pela Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac).
O processo criativo foi conduzido pela equipe de teatro do programa e fundamentado na metodologia dos Viewpoints, desenvolvidos por Anne Bogart e Tina Landau, promovendo a experimentação e a criação coletiva entre jovens artistas da cidade.

Mais do que uma narrativa sobre um homem que vende horas, “O último vendedor de tempo” é uma reflexão poética sobre a finitude e o valor de cada instante vivido.

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